“O Au”! Ouro, o metal precioso que traz brilho no nome, em joias, nos cosméticos e nas artes, reserva de valor, componente eletrônico e centro de disputas ligadas a conceitos de poder. Ele, que não sai de moda, parece estar mais em alta do que nunca! Confira a matéria da nossa colunista Carola Giongo.
Nas últimas semanas o ouro ganhou valor de mercado - maior preço em 6 anos - e espaço nos noticiários. Do misterioso roubo de quase 800kg dentro do maior aeroporto do Brasil a declarações do governo federal sobre a intenção de legalizar o garimpo em regiões socioambientalmente sensíveis do país, duas iniciativas positivas ganharam destaque.
Uma delas do outro lado do mundo: tanto a Tocha quanto as 5 mil medalhas olímpicas dos Jogos de Tóquio 2020 serão feitas de metais reciclados retirados de 47 mil toneladas de dispositivos eletrônicos doados pela população nos últimos 2 anos.
Outra iniciativa recente que chamou nossa atenção lembra as boas práticas dos “tempos da vovó”. A campanha de consumo responsável da Aron & Hirsch - joalheria de modelagens contemporâneas e queridinha de musas como Letícia Colin e Taís Araújo - convida o público a resgatar joias que estejam paradas no fundo do armário e podem ser aproveitadas em novas peças. Funciona assim: leve suas peças para fazer uma avaliação no showroom da marca ou na NK Store em São Paulo. O Ouro será avaliado conforme a cotação oficial do grama no dia da avaliação e convertido em desconto proporcional para investir em uma nova nova peça da Aron & Hirsch, que reaproveitará o metal reciclado em futuras coleções. As pedras serão descravadas e devolvidas ao proprietário.
A campanha também dá dicas para a conservação das joias, como guardá-las separadamente para evitar arranhões; E para evitar o consumismo, investindo em peças costumizáveis e no conserto de peças arrebentadas, tortas ou soltas.
Segundo Taísa Hirsch, uma das fundadoras da marca, não se trata de uma campanha e sim de uma prática permanente com o objetivo de fechar o ciclo de produção/consumo. A iniciativa evita novos danos decorrentes da exploração ambiental, agrega valor a elementos que já estão inseridos na economia e poupa recursos naturais para o futuro.
Entre outras questões, o uso de mercúrio para exploração do ouro ultrapassa fronteiras e pode afetar a todos nós. Na água, ele se espalha e é transformado em metil-mercúrio, substância tóxica que se acumula na cadeia alimentar de microorganismos a grandes mamíferos, passando por insetos, aves, crustáceos e peixes. Alguns dos efeitos mais severos atingem o sistema nervoso central e são irreversíveis. A contaminação por mercúrio não é único problema aqui.
A Carola Giongo é jornalista e repórter do TV Fama da RedeTV!. Sempre busca levar a vida da forma mais sustentável possível. Como jornalista faz pesquisas e cursos sobre o tema. Aqui no ON.TheList escreve sobre a sustentabilidade no dia-a dia, de uma forma leve, prática e possível, pra inspirar a gente a ser mais verde!