Lifestyle

A (in) tolerância em tempos eleitorais

- Por Marcos Slaviero A (in) tolerância em tempos eleitorais

Oi gente, tudo bem?

Escrevi esse texto e postei semana passada no meu facebook... Como teve uma repercussão bem legal resolvi dividir com vocês.

Por favor entendam que isso não passa da minha opinião. Não quero impor ou julgar qualquer posição, mas também acho importante cada um expor seus pontos de vista.

Espero que gostem:

"Cada vez mais difícil se manter em silêncio quando se percebe que o debate e o diálogo tem sido soterrados por opiniões explosivas, acusações de/para todos os lados e pela intolerância. Não importa o "lado", tudo é extremo. Ou a classe baixa é vítima, ou vagabunda. Ou classe alta é a que faz o país andar, ou são tiranos que só visam lucro. Um partido vai afundar o país, outro vai salvá-lo. Acredito eu [!] que há uma falha gigantesca ao polarizar todas as situações, preto no branco, esquecendo as infinitas nuances que compõe esse cenário. Em TODAS as classes há pessoas que trabalham MUITO, e seu valor não muda só porque é rico ou pobre. Assim como há acomodados por toda parte, seja dependendo de programas assistencialistas ou da mesada dos pais. Em todos os partidos há quem lute pelo avanço do País e há quem seja corrupto e abuse do poder. A opinião passou a ser imposta, e não exposta: quem não concorda com ponto de vista X ou Y com certeza é um idiota, um monstro, ou um irracional e não merece viver. Comum também culpar uma parcela da população pelos problemas nacionais: os empresários merecem ser exterminados, já que o capitalismo é o mal do mundo, ou os nordestinos devem ser massacrados, pois muitos dependem de um Bolsa-alguma-coisa. Como se com isso o Brasil fosse se tornar o paraíso.

Para completar, o povo foi fatiado em classes conforme o número que digitou na urna, tornando todos os eleitores de determinado candidato parte de um grupo homogêneo. Na minha [!] opinião é muita inocência, para não dizer hipocrisia, achar que todos os milhões de brasileiros, ao digitarem 45, 20, 13, 50 e etc nas urnas o fizeram pelos mesmos motivos e compartilham de um mesmo modo de viver e pensar, podendo portanto serem julgados e atacados como um todo. (Aliás, quem pode ser julgado e atacado, individual ou coletivamente, por suas convicções políticas?) Muito prepotente da parte de alguém querer classificar a população de um país com tanta diversidade como o nosso somente pelo seu voto, desconsiderando toda uma conjunção de fatores externos. De repente todos que escolheram Aécio são burgueses [?!] sanguessugas, os que escolheram Dilma são nordestinos preguiçosos, e por ai vai.

Os discursos de ódio, discriminação e preconceito me causam espanto e apreensão. Em pleno 2014 as (tão celebradas) redes sociais não são instrumento de troca de informação mas sim de disseminação da intolerância."

Quem quiser entrar no debate pode deixar um comentário aqui, ou então acessar o texto no facebook 

Aqui duas imagens que achei que retratam bem o textoLIBERDADE-DE-EXPRESSÃO voltaire  

Mano