Antes mesmo do COVID-19 tomar 5 dos 6 continentes, marcas como Fendi e Marine Serre faturavam alto com máscaras de proteção. O que naquela época podia ser considerado um acessório bizarro para a nossa realidade virou item de primeira necessidade e trouxe à luz questões que devem nortear um novo momento da humanidade pós Pandemia.
Apesar de a preocupação com aparência e status parecer fútil num momento desse, não podemos esquecer que as relações econômicas por trás das marcas e das máscaras também afetam a vida dos profissionais que dependem delas.
O tema é delicado, assim como o momento. E a combinação de vendas e responsabilidade social pode ser um negócio arriscado. A Osklen, por exemplo, recentemente entrou na mira da indignação popular por vender máscaras de proteção consideradas caras, mesmo tendo quase metade do valor de venda destinado à doação de cestas básicas para uma das comunidades mais carentes do Rio de Janeiro. Depois de vender o primeiro lote, a marca se rendeu ao tribunal da internet: retirou os produtos do seu e-commerce e fez um post explicando a operação.
Adepta do marketing "verde" que devolve parte dos lucros de suas operações à sociedade em forma de ações socioambientais, a marca vem doando máscaras de proteção para profissionais de saúde desde abril até um total de 50 mil unidades.
Independente de críticas, as máscaras viraram um acessório "statement". Há boas opções para todas as causas, gostos e bolsos. Na internet há diversos tutoriais para criar máscaras caseiras exclusivas adaptando lenços e até camisetas. O ideal é optar por máscaras reutilizáveis e deixar as descartáveis e profissionais para quem realmente precisa fazer uso delas.
As face shields, que parecem viseiras, por exemplo, são prioritariamente destinadas aos profissionais de saúde e não dispensam o uso de proteção na área da boca e nariz. No caso de usar descartáveis, descarte em uma sacola separada junto com o lixo comum (NUNCA NO RECICLÁVEL!) para evitar um possível contágio de terceiros.
Entre os modelos diferentões, a máscara doméstica de proteção individual produzida com tecnologia 3D em bioplástico PLA por uma marca catarinense promete praticidade na logística de higienização. Nela, apenas os filtros são trocados, podendo ser de algodão, gaze ou tecido. O produto idealizado pelo engenheiro Juliano Mazute conta ainda com um revestimento de nanopartículas ativas antvirais e antibacterianas - a efetividade da película começa diminuir após 30 lavagens e pode ser reaplicada.
A marca oferece opções confeccionadas em matéria-prima biodegradável (decompõe junto ao lixo orgânico em até 24 meses) e também disponibiliza sua criação no site da Black Purpurin para impressão em qualquer impressora 3D.
Diversos estudos estão sendo conduzidos para testar a eficiencia das máscaras de proteção doméstica. A tabela abaixo pode ajudar.
As revoluções acontecem a partir de boas escolhas colocadas em ação! Consulte sempre os órgãos oficiais!
A Carola Giongo é jornalista e repórter do TV Fama da RedeTV!. Sempre busca levar a vida da forma mais sustentável possível. Como jornalista faz pesquisas e cursos sobre o tema. Aqui no ON.TheList escreve sobre a sustentabilidade no dia-a dia, de uma forma leve, prática e possível, pra inspirar a gente a ser mais verde!